quinta-feira, 30 de agosto de 2018
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
domingo, 26 de agosto de 2018
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
Como concluir um texto dissertativo-argumentivo
Como concluir uma
redação
A conclusão, ao contrário do que muitos pensam, não é lugar
de simplesmente repetir o que já foi dito. Ela precisa ser um fechamento que
acrescenta algo ao texto. Pode ser uma retomada da discussão, mas de uma forma
inovadora, que não se limita a repetições. Pode também ser usada para fazer
advertências, uma análise crítica do tema discutido ou, até mesmo, fazer
sugestões, caso o tema trate de um problema social, por exemplo.
O que não deve estar na conclusão
Uma coisa precisa ser lembrada sempre: conclusão não é lugar
para novos argumentos. Muito cuidado com isso! Os argumentos devem estar no
desenvolvimento.
Outro erro muito comum é utilizar a conclusão para fazer
ressalvas. Uma ressalva que não foi abordada durante o texto não pode aparecer
na conclusão, pois ela seria um argumento novo. Se você quiser fazer alguma
ressalva em um raciocínio, faça a ressalva no próprio desenvolvimento,
utilizando os argumentos corretos. Uma conclusão não pode trazer surpresas para
o leitor. A conclusão serve apenas para fazer um fechamento sobre tudo, uma
lição que pode ser tirada sobre o assunto que você já defendeu. E é justamente
nesse aspecto que ela traz algo novo ao texto. Vamos mostrar um exemplo para
ficar mais claro:
Exemplo de uma boa conclusão
O que significa uma amizade hoje
“O homem vem modificando a sua concepção sobre amizade com o
passar do tempo, o que lhe permite experimentá-la de formas diferenciadas. Isso
pode ser percebido ao se comparar as amizades vividas no passado, em menor
número, mais profundas e duradouras, com as de hoje, em profusão, superficiais
e meteóricas.
Não é preciso voltar muito no tempo para se ver como os
relacionamentos eram tratados sob um ponto de vista bem distante do de hoje.
Amigos eram pessoas em quem se podia confiar cegamente, para quem todos os
segredos podiam ser contados, sem medo de se ter a confiança traída. A relação
de amizade era estabelecida somente com aqueles com os quais se tinha uma
convivência longa, motivo pelo qual ela era quase um laço de parentesco e, por
isso, normalmente durava por muito tempo, quando não pela vida toda. Assim, até
que alguém fosse considerado realmente um amigo, havia um período ao longo do
qual a confiança e a admiração eram conquistados mutuamente.
Os casos de amizades verdadeiras estão em número reduzido
atualmente. Com o passar do tempo, as relações, de um modo geral, passaram a
sofrer modificações, por causa das próprias circunstâncias a que a sociedade
veio sendo submetida. Essa realidade trouxe características novas inclusive
para um dos sentimentos mais nobres do homem. Parece que as pessoas perderam
muito da sua capacidade de discernimento quanto ao verdadeiro valor de uma
amizade. Tanto é, que qualquer um que se conheça em meio a uma festa de fim de
semana já é chamado de amigo no dia seguinte. Redes sociais como o Facebook,
que simbolizam união, na verdade conferem desleixo sobre o que chamamos de
amigo. Entre dezenas de contatos, quantos são plenamente confiáveis?
Infelizmente, em alguns casos, inovações tecnológicas cooperam com a perda de
significado de palavras valiosas.
Progredir e inovar
estão, constantemente, no pensamento do cidadão moderno. Mais importante do que
isso, porém, seria o homem reavaliar todos os seus valores, a fim de devolver à
amizade o lugar que ela deve ocupar no âmbito das relações humanas.”
Observe como essa conclusão fez um fechamento para o texto,
mas não apenas repetindo algo que já foi dito. Uma ideia nova foi colocada,
manifestando um pensamento que já foi defendido no texto: a ideia de que a
amizade é importante demais para ser banalizada. Esse é um exemplo de uma ótima
conclusão.
Como concluir um texto
Podemos resumir tudo o que foi ensinado nesse capítulo
destacando a importância que há no desenvolvimento (e sua argumentação) na
formação da conclusão. É dele que vai partir o raciocínio que vai formar a
conclusão.
Quando você for concluir seu texto, responda pelo menos uma
dessas perguntas sobre sua redação:
– Que lição pode ser tirada disso?
– Como resumir a solução para esse problema?
– O que merece ser destacado nesse raciocínio?
Elabore sua conclusão respondendo essas perguntas em relação
ao seu texto e você terá uma boa conclusão.
É muito importante que você veja nossa apostila completa de
redação para ter mais exemplos de conclusões, exercícios e comentários sobre
redações que tiraram nota máxima.
http://comofazerumaboaredacao.com
Como fazer um desenvolvimento em texto dissertativo-argumentativo
Como Fazer um
Desenvolvimento para a redação
Estamos entrando na parte que mais precisa de estudo na
redação, o desenvolvimento. Sem dúvidas, ele é o centro das atenções, o
fragmento que mais possui critérios de avaliação. Por isso, é fundamental que
você saiba como fazer um desenvolvimento para garantir uma excelente nota.
O que um desenvolvimento não deve conter
O desenvolvimento não pode ser uma continuidade da
introdução. Esses dois têm uma relação íntima, mas independente. Como assim?
Isso significa que, ao começar o desenvolvimento, é como se
estivéssemos começando o texto novamente. Nunca devemos iniciá-lo com os
termos:
Por causa disso…
Com isso…
Baseado nisso…
Dessa maneira…etc.
Faça o teste
Podemos fazer um teste simples para ver se o desenvolvimento
está sendo uma continuidade da introdução. É o seguinte: se cortássemos a
introdução fora, o texto ficaria sem sentido? Se a resposta for sim, fizemos
uma dependência entre eles. Vamos ver isso com um exemplo. Digamos que a
introdução do capítulo anterior continuasse com um desenvolvimento:
TEMA: O Chocolate no
Mundo Moderno
“Chocolate faz bem à humanidade. Porém, apesar de trazer
benefícios, o seu consumo em excesso pode trazer prejuízos. (introdução)
Considerando isso, é importante estar atento às quantidades
consumidas de chocolate. A dose diária recomendada é alvo de discussões entre
nutricionistas, dado que os benefícios do cacau são contrabalançados com os
malefícios do açúcar.” (desenvolvimento)
Vamos retirar a introdução e ver como ficaria nosso texto:
TEMA: O Chocolate no Mundo Moderno
“Considerando isso, é importante estar atento às quantidades
consumidas de chocolate. A dose diária recomendada é alvo de discussões entre
nutricionistas, dado que os benefícios do cacau são contrabalançados com os
malefícios do açúcar”.
Repare que o texto ficou completamente sem sentido. O leitor
que pegasse essa “redação” ficaria pensando “considerando isso o quê?”. Então
esse teste acabou de revelar que esse desenvolvimento foi mal construído.
Agora observe o que aconteceria se apenas retirássemos fora
o “Considerando isso” do desenvolvimento, sem alterar mais nada no texto:
“Chocolate faz bem à humanidade. Porém, apesar de trazer
benefícios, o seu consumo em excesso pode trazer prejuízos.
É importante estar atento às quantidades consumidas de
chocolate. A dose diária recomendada é alvo de discussões entre nutricionistas,
dado que os benefícios do cacau são contrabalançados com os malefícios do
açúcar”.
Bem melhor, não? Se fizéssemos aquele teste agora, ficaria
claro que o texto poderia começar com o desenvolvimento sem problemas. Isso é
um sinal de que o parágrafo do desenvolvimento consegue sobreviver sozinho.
Aprenda a cortar o
que não interessa
Esse exemplo foi útil porque muitas pessoas não conseguem
começar um desenvolvimento sem usar esses termos: “Considerando isso”, “A partir
disso”, etc. Então, se esse é o seu caso, comece seu desenvolvimento
normalmente e risque fora esses termos depois que tiver terminado. Você vai ver
que eles não vão fazer nenhuma falta.
Criando um texto bem
conectado
Agora que já aprendemos que o desenvolvimento precisa
“sobreviver sozinho”, precisamos ter uma atenção especial em uma coisa: a
chamada “ligação entre as frases”.
Você sabe qual é a diferença entre um texto e uma receita de
bolo? Uma receita é cheia de frases soltas, enquanto que um texto apresenta uma
conexão entre elas. E o que precisamos fazer para evitar que nossa redação
pareça uma receita? Utilizar os chamados nexos oracionais. Eles são as
conjunções (mas, porém, portanto, etc.). Essas conjunções vão nos ajudar a
manter o texto bem compactado. Repare nesse exemplo:
Estava frio. Levantei cedo. Precisava ir para a aula. Foi um
esforço. Valeu a pena. Finalmente aprendi a matéria.
Vamos estabelecer uma conexão entre essas frases:
Apesar de estar frio, levantei cedo, pois precisava ir para
a aula. Isso foi um esforço, mas valeu a pena. Afinal, aprendi a matéria.
Agora já está parecendo mais um texto, concorda? Cuide para
nunca deixar uma frase solta, dando a impressão de ter surgido do nada.
Esse aspecto parece bem básico, mas é essencial. Faz parte
dos detalhes que muita gente até sabe, mas não coloca em prática. Nosso
objetivo aqui é nunca esquecer essas coisas “básicas”, pois elas são uma
espécie de fundamento em que temos que nos apoiar. Ler isso tudo várias vezes é
bom para gravar, para que se torne algo automático nas nossas escritas.
Qual a função do desenvolvimento
A missão do desenvolvimento é provar ao leitor o nosso ponto
de vista. Fazemos isso com argumentos.
Outro detalhe que precisa ser levado em consideração na
elaboração de um desenvolvimento já foi mencionado quando estávamos criando a
introdução:
Explicar cada frase da introdução em um parágrafo.
Lembre-se que a introdução deve ser curta e abrangente,
possuindo duas ou três frases, que serão “desenvolvidas” no desenvolvimento. Se
você fez duas frases, o primeiro parágrafo do desenvolvimento irá abordar a
primeira frase e o segundo parágrafo irá abordar a segunda frase.
Exemplo de um bom desenvolvimento
Mostraremos um exemplo de desenvolvimento agora para você
ver isso tudo que foi ensinado nesse capítulo na prática. A introdução está no
primeiro bloco/parágrafo, e o desenvolvimento está dividido em 3 parágrafos.
Não colocamos aqui a conclusão, pois ainda não entramos nesse assunto. Vamos
abordar apenas o desenvolvimento, sua construção e a argumentação utilizada:
TEMA: A Presença da
Agressividade no Comportamento Humano
Presente nos mais
diversos campos de ação, a agressividade acompanha os passos do homem desde a
sua existência, influenciando, diretamente, os seus atos. Esse comportamento,
manifestando-se de várias maneiras, continua questionável, uma vez que suas
consequências não agradam a todos.
A humanidade primitiva
conseguiu se desenvolver à medida que o seu domínio sobre os instrumentos de
combate aumentava. A sobrevivência do mais forte, ainda hoje, é uma realidade
que define o destino da vida, fruto da competitividade que – aliás – sempre
existiu. As atitudes agressivas, que garantiram a permanência da espécie
humana, são utilizadas, atualmente, por pessoas que querem superar seus
adversários a qualquer custo. Nicolau Maquiavel, com sua teoria, influenciou
reinos e países a conseguirem o progresso. Evidentemente, existem controvérsias
quanto a essa ideologia, dita por muitos como antiética, que – inclusive – é
ensinada em cursos como os de administração de empresas, por exemplo.
Entende-se por
agressividade qualquer ação que pretende danificar algo ou alguém. É
compreensível, portanto, que a ela sejam atribuídas características negativas
(solução imoral, recurso deplorável). Esse comportamento precisa ser evitado
para que se obtenha uma personalidade pacífica e cortês (ideal para um
relacionamento). Na política, por exemplo, é constante a violência verbal, às
vezes também física, dos candidatos ao governo, fato que faz a população ter
uma aversão a essas atitudes, consideradas falta de controle emocional de quem
as pratica. Segundo estudiosos, o que ocasiona esse procedimento de “ataque” é
a inconformidade com a situação. Intrigante, porém, é o fato de um
comportamento hostil como esse ter o poder de fazer alguém atingir o sucesso.
Afinal, ele é ruim até que ponto?
Em âmbito competitivo,
agressividade é sinônimo de determinação, que ajuda as pessoas a alcançarem
seus objetivos. As constantes manifestações com as quais o homem convive
contribuem para a reprodução desse comportamento quando se toma como exemplo o
retrospecto dos bem-sucedidos. Para trabalhar em uma empresa é preciso ter
atitude, o que explica o fato de empresários contratarem indivíduos de caráter
ofensivo quanto a negócios e comércios em geral. Em uma partida de xadrez, o
jogador mais agressivo geralmente vence, pois obriga o adversário a permanecer
na defensiva, restringindo – cada vez mais – as jogadas do oponente e
posicionando-se para dar o esperado xeque-mate. Isso tudo prova que ambição e
coragem de atacar são importantes, e talvez até essenciais, para a realização
de metas e a superação de desafios.
Antes de tudo, repare o desenvolvimento não começou com “Por
causa disso”, “Com isso”, etc. Já ensinamos o porquê disso.
Olhando para a estrutura, a primeira frase da introdução foi
inteiramente explorada no primeiro parágrafo do desenvolvimento. Foi dito que a
agressividade acompanha os passos do homem desde a sua existência,
influenciando seus atos. Nesse parágrafo, o autor falou sobre a agressividade
do homem primitivo, a sobrevivência do mais forte e depois trouxe exemplos mais
recentes (o ensino do pensamento de Maquiavel nas universidades). Além de ter
explorado corretamente a primeira frase da introdução nesse parágrafo, o autor
usou argumentos fortes e convincentes, o que é muito importante em um texto
dissertativo argumentativo.
A segunda frase da introdução foi desenvolvida em dois
parágrafos. Foi dito na introdução que a agressividade se manifesta de várias
maneiras, continua questionável e suas consequências não agradam a todos.
Sobre as “várias manifestações da agressividade”, o autor
provou isso mostrando a ação da agressividade nos relacionamentos e na
política; e, no terceiro parágrafo, mencionando sua ação nos negócios e no
xadrez.
Sobre “não agradar a todos”, o autor explicou o motivo disso
logo no início do segundo parágrafo. E sobre “ser questionável” o autor mostrou
(no terceiro parágrafo) os benefícios que a agressividade pode trazer.
Além de ter uma estrutura muito boa, ficou claro que esse
texto está muito bem argumentado. É exatamente isso que os corretores querem:
argumentações organizadas e estruturadas. Construir isso sem erros de português
faz sua redação ser uma forte concorrente a tirar nota máxima.
Muito bem, agora que você já sabe como construir uma
introdução e um desenvolvimento, é importante que você veja nossa apostila
completa de redação para praticar os exercícios e ter exemplos de bons
desenvolvimentos. Além disso, nas aulas de redação (da apostila completa)
iremos abordar mais a fundo os critérios de correção dos avaliadores, para que
você aprenda a ver o texto da mesma forma que um corretor vê.
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Aprenda Como fazer uma Introdução em texto dissertativo-argumentativo
Aprenda Como fazer
uma Introdução
Todo corretor que pega uma redação para analisar observa se
ela é boa ou não logo pela introdução. Mas afinal, como fazer uma boa
introdução? Vejamos:
1) Uma introdução
precisa ser direta, simples e objetiva
Na teoria parece difícil, mas é mais simples do que parece.
Tenha em mente o seguinte:
– Todo o texto gira em torno da introdução que você
elaborou; é nessa introdução que vamos dizer do que o texto vai falar.
– O tamanho ideal de uma introdução é de 2 ou 3 frases.
– Em cada parágrafo posterior do desenvolvimento, devem ser
defendidas as frases elaboradas na introdução. Vamos explicar isso com um
exemplo para ficar mais claro. Digamos que a introdução de uma redação sobre
“Tigres” fosse:
“Tigres são agressivos. Porém, nada impede que sejam
domesticados”.
O primeiro parágrafo do desenvolvimento dessa redação teria
que explicar o motivo dos tigres serem agressivos, e o segundo parágrafo
explicaria como é possível domesticar um tigre. Note que a primeira frase da
introdução seria explicada no primeiro parágrafo do desenvolvimento e a segunda
frase seria explicada no segundo parágrafo.
Seguindo essa sugestão, garantimos nota no critério
“Organicidade”. Esse critério é utilizado por todos os corretores de redações,
pois mede o quão organizado é o seu texto. Se você cuidar para que cada frase
da introdução seja explorada em um parágrafo, seu texto terá uma estrutura bem
lógica e organizada.
Muito bem, agora que já aprendemos os 3 pontos básicos para
criar uma introdução, podemos ver que é muito importante ser objetivo na
introdução, sem enrolar.
É bom ser direto ao ponto, sem dar voltas e voltas. Se o
tema é sobre melancia, não comece falando sobre beterraba. Precisamos ser fiéis
ao tema, isso é bastante avaliado. Como já comentamos que o desenvolvimento irá
ser criado a partir do que você disse na introdução, é preciso construir uma
introdução bem focada no assunto do tema. É fácil de perceber se o texto vai
ser fiel ou não lendo a introdução do candidato.
2) Aprenda a fazer
uma introdução vendo bons exemplos
Vamos mostrar na prática então como se faz uma introdução.
Digamos que o tema seja “O chocolate no mundo moderno” (mesmo tema abordado no
artigo anterior).
Apenas relembrando, a introdução pode ser desenvolvida a
partir da seguinte pergunta sobre o tema: “o que eu penso sobre isso?”. Então,
vamos respondê-la:
Eu penso que chocolate faz bem à humanidade. Só que não dá
pra exagerar, pois pode acabar sendo prejudicial.
Já que é isso o que eu penso sobre chocolate, minha
introdução pode ser assim:
“Chocolate faz bem à humanidade. Porém, apesar de trazer
benefícios, o seu consumo em excesso pode trazer prejuízos“.
E está pronto. Se você perceber, ela está bem abrangente,
mesmo sendo curta. Isso é o ideal.
O próximo passo seria começar o desenvolvimento, então no 1º
parágrafo a gente diria por que chocolate é bom; e no 2º parágrafo diríamos por
que não podemos comer chocolate em excesso.
Repare que, por enquanto, na introdução, apenas afirmamos
que chocolate faz bem. Ainda não convencemos ninguém disso. E como convencer?
Essa é justamente a tarefa do desenvolvimento. Vamos falar dele depois com
detalhes, apenas lembre da grande diferença que existe entre introdução e
desenvolvimento.
A introdução serve para apresentar o assunto que você vai
abordar. O desenvolvimento serve para explicar as afirmações que você fez na
introdução. Isso vai ficar ainda mais claro no próximo exemplo:
3) Veja como não deve
ser a sua introdução (exemplos para se evitar)
Considerando o tema anterior sobre chocolate, digamos que um
aluno tivesse elaborado essa introdução:
“Chocolate faz bem à humanidade, pois traz uma sensação de
bem-estar. Porém, apesar de trazer benefícios, o seu consumo em excesso pode
trazer prejuízos, como o ganho de peso e a diabetes”.
Apesar de estar bem escrita, essa introdução é péssima, pois
misturou desenvolvimento com introdução (em vez de somente apresentar o
assunto, essa introdução explicou e argumentou, o que é tarefa do desenvolvimento).
Para ser coerente, esse aluno agora precisaria explicar no
desenvolvimento o motivo do chocolate trazer uma sensação de bem-estar, o
motivo dele favorecer o ganho de peso e o motivo dele causar a diabetes. A
menos que o aluno esteja muito bem informado sobre o assunto (ou melhor, seja
um especialista na área), podemos considerar que ele não vai conseguir cumprir
essa missão. O que aconteceria na prática é que esse assunto de diabetes, por
exemplo, provavelmente nunca mais seria mencionado no texto, e isso seria um
grande equívoco. Afinal, por que você apresentaria seu texto com algo que não
vai falar? É como dizer: “Tomates são azuis” e depois falar sobre molho de
tomate, salada de tomate, sem nunca mais tocar no assunto de tomates azuis. Alguém
iria dizer: “Você não me convenceu que tomates são azuis!”.
Então a dica é simples: não dificulte a sua vida! Faça uma
introdução simples, curta e objetiva, mencionando algo que você sabe abordar e
desenvolver depois. Introdução não é lugar para argumentação, é para
apresentação.
4) Cause uma primeira boa impressão
Além de ter o poder de definir a organização do texto, a
introdução pode causar uma primeira boa impressão. Se ela estiver concisa,
clara e organizada, o avaliador já vai ver seu texto com outros olhos, pois vai
pensar que você sabe o que está fazendo, que não apenas pegou um lápis e saiu
riscando loucamente no papel.
Então concentre-se nisso e passe a olhar a introdução de um
jeito diferente; entenda o motivo dela existir e e cumpra com seu papel, como
ensinamos aqui. Esse tipo de detalhe faz toda a diferença na sua nota final.
Segredos como esse são o que fazem um texto tirar uma excelente nota, mesmo sem
ser um artigo extraordinário.
É possível pegar um texto simples, sem nada de excepcional,
e fazê-lo tirar uma ótima nota, simplesmente por ser construído nos padrões
certos. A maioria das pessoas não faz isso. Como vimos naquele exemplo, a
introdução da grande maioria acaba explicando a si mesma, misturando
desenvolvimento com introdução. Depois não aborda os assuntos que mencionou,
não organiza o texto conforme a introdução foi construída.
É comum ver os candidatos se queixando que sua nota foi
baixa, e não é por acaso! Lembre-se: existem muitos critérios de correção em
uma redação. A boa notícia é que a maioria deles são simples de se obter, basta
que você os conheça.
Agora você já aprendeu como fazer uma boa introdução. É
importante que você veja nosso curso completo de redação para praticar os
exercícios e ter exemplos de boas introduções para se espelhar.
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quarta-feira, 15 de agosto de 2018
terça-feira, 14 de agosto de 2018
Resenha: O Pagador de Promessas
http://loucura-por-leituras.blogspot.com/2017/03/resenha-o-pagador-de-promessas.html
segunda-feira, 13 de agosto de 2018
RESENHA: Quarto de Despejo: diário de uma favelada
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